sexta-feira, 26 de junho de 2015

Como administrar o tempo na escola??

       

        No modelo em que exerço o meu trabalho existe um número de horas semanais que estou em cada escola... A quantidade destas horas varia de acordo com o número de alunos e a demanda de cada escola, normalmente começo com menos horas e no decorrer dos anos elas vão aumentando, porém variam entre duas e oito semanais e para cumpri-las estipulo um dia fixo. 
        Porém, como devem ser administradas estas horas? 
        Existe algum critério que elenca prioridades?
        Sim, é possível organizar as coisas por uma lista de prioridades, é como se houvesse uma triagem automática, se ela não foi desenvolvida é necessário que o psicólogo a faça por escrito... No entanto o atendimento de demandas é sempre prioritário e dificilmente está na triagem por que costuma ser emergencial. 
         Pois bem, ontem pela manhã eu estava em uma escola onde atendo das oito às treze horas, é uma escola onde existem sempre pais para serem atendidos, a maioria busca voluntariamente. Lá atuo já há quatro anos, de modo que se criou uma cultura de procurar a minha ajuda e orientação. Justamente por esta procura ser grande, e ocorrer durante todo o ano, estipulei três horários para fazer atendimentos de pais, que são 8h, 10h40 e 11h30, justamente por que o meu trabalho não pode se resumir apenas a esta atividade. Ontem porém, o casal de pais que atendi as oito da manhã estavam com problemas muito sérios e que refletem em comportamentos completamente preocupantes no filho de três anos, nosso aluno. Às nove horas eu deveria encerrar aquele atendimento para cumprir minhas tarefas internas, no entanto continuei atendendo e orientando aqueles pais. Foi preciso discernir sobre a necessidade deles de receberem ajuda naquele momento, pois dispensá-los significaria continuar observando os mesmos problemas apresentados pelo filho até aquele dia, invalidando aquela uma hora já utilizada para este atendimento. 
          Eis que fiquei todo o tempo necessário com eles, fazendo encaminhamentos inclusive. Quando terminamos já era quase hora do outro atendimento e eu não consegui sair da minha sala sequer para almoçar.
          Tudo isto para exemplificar o quanto vai do feeling do profissional a organização do tempo na escola e também por que foi preciso contar com a tolerância de toda a escola que ficaram sem o auxílio de sempre.  

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Projeto Alimentação - Experimentando os Sabores

       Há algumas semanas eu descrevi aqui o começo deste projeto com alunos de nível 2 (quatro ou cinco anos) que tinha o objetivo de minimizar a resistência de alguns alunos a certos alimentos e até de um específico que se recusava a comer qualquer coisa que fosse oferecido na escola.
     Como já expliquei, a primeira semana foi a da Expectativa, confira os detalhes aqui:  http://psicoescolarcvel.blogspot.com.br/2015/05/projeto-alimentacao-conhecendo-os.html
       Na segunda semana os alunos foram estimulados a experimentarem CAFÉ bem amargo, suco de LIMÃO puro muito ácido e CHOCOLATE doce. As crianças ficaram tão empolgadas e acharam tão engraçado sentirem aqueles sabores que eu até esqueci de fotografá-los. Neste dia também, para melhor identificarmos as diferenças dos sabores a gente construiu um cartaz que no final ficou assim:

           Já na outra semana, experimentamos suco de MARACUJÁ puro bem ácido, PÃO FRANCÊS salgado e DOCE DE LEITE que o nome já diz e todos sabemos. Novamente os alunos demonstraram grande entusiasmo pela atividade. Neste dia contei para eles uma história explicando que assim como nosso cérebro a nossa língua também aprende, bem por isso é tão difícil gostarmos de alguns sabores no início. Neste dia propus às crianças que experimentassem os sabores com os olhos vendados, para comprovar que quem sabe o gosto é apenas a língua. Nem todos toparam, mas todos experimentaram tudo.

           Na quarta semana a gente estudou com mais detalhes as partes da língua de acordo com os sabores que elas identificam, e os alunos até pintaram uma língua separando estas partes para fixarem, Finalmente, experimentamos o JILÓ super amargo, o MILHO VERDE cozido salgado e BALAS DE GOMA docinhas. Preciso confessar que o jiló foi o ingrediente mais difícil do projeto, até por causa da sua aparência não muito atrativa, foi possível perceber que experimentá-lo exigiu bastante coragem por parte dos alunos, e neste dia teve uma aluna que, por causa dele, se recusou a comer.

          Para finalizar em grande estilo fizemos uma aula de culinária. Ensinamos as crianças e os deixamos montar sanduíches natural. Na hora de montar foi um sucesso e todos queriam colocar tudo no seu, porém no momento de comer alguns precisaram ser bastante estimulados, e nem todos comeram inteiro. 

           Apesar de eu ter me frustrado com as recusas das últimas duas semanas, o projeto cumpriu o seu dever. Os alunos que foram demanda para a sua execução demonstraram melhoras muito significativas em suas relações com os alimentos já nas primeiras semanas. Os pais foram colaborativos enviando para a escola os ingredientes que eram pedidos e as crianças aprenderam e se divertiram realmente.


domingo, 7 de junho de 2015

Atividade do Semáforo - aprendendo a lidar com os impulsos


      Na última segunda-feira os alunos do nível 1 da Escola Terra do Saber de Palotina confeccionaram um semáforo.
      Primeiramente fomos observar o sinal na rua e discutimos sobre a importância dele para que o trânsito seja organizado.
      Em seguida refletimos sobre o quanto isto pode nos ser útil também:

* primeiro PARAR para observar o que está acontecendo
* segundo PENSAR no que deve e é melhor ser feito
* e por último AGIR

      Depois de fazermos o semáforo grande cada aluno fez o seu e passou a semana toda com ele no pescoço para lembrar e poder se controlar melhor.