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domingo, 23 de março de 2014
segunda-feira, 17 de março de 2014
Quando as crianças fazem UAU!!!
Estou compartilhando este vídeo com esta música que eu adoro e que fala tanto sobre as crianças e o seu encantamento...
Quem tiver alguma familiaridade com o italiano pode escutar a versão original da mesma...
http://www.youtube.com/watch?v=LXKFmETnMbY
sexta-feira, 14 de março de 2014
quarta-feira, 12 de março de 2014
Reunião de Pais
Agora há pouco realizei o encontro com os pais dos alunos do pré I do CEI São Francisco de Assis!
Apesar da chuva eles compareceram e foram participativos, tendo uma ótima oportunidade para refletirmos sobre a Educação e o Desenvolvimento dos Filhos.
A reunião terminou com um dos pais partilhando a sua dificuldade com a prática do que é certo fazer com o seu filho. A partir disto, reforcei o fato de que toda a teoria refletida e discutida pauta nossas atitudes e pode e deve modificá-la de modo gradativo, porém o ato de ir à reunião por si só, já é promover e estabelecer um vínculo de interesse e importância, comprometendo-se com a Educação dos filhos.
É muito comum pais não irem à escola para este tipo de momento, no entanto esta participação é de extrema relevância e a longo prazo dará frutos extremamente satisfatórios.
terça-feira, 4 de março de 2014
O que está faltando na EDUCAÇÃO de hoje???
Lembro-me PERFEITAMENTE de um primo com quem eu convivia na minha infância... Ele era/é deficiente mental, alguns anos e muitos centímetros e quilos maior do que eu e do que a minha irmã, que apesar de ser mais velha era magra e pequena...
A cada evento de família éramos submetidas a beliscões, tapas, e agressões deste tipo, as quais devíamos suportar sem reclamar, afinal de contas as condições dele o irresponsabilizavam pelos seus atos, e qualquer atitude que tomássemos geraria um desconforto familiar. No meu tempo, adulto não se metia em briga de criança.
Lembro-me de que na época eu me sentia profundamente abandonada àquela situação, e por vezes até me revoltei com ela, mas não é para refletir sobre este fato que contei estes episódios aqui. Não contei também para defender que pais deixem os seus filhos serem agredidos ou que crianças deficientes são limitadas à educação...
Contei isto porque ouço constantemente adultos dizerem coisas assim:
"Meu filho não gosta dos avós e se recusa a ir no colo deles"
"Minha filha não gosta quando converso com alguém e não cumprimenta esta pessoa de forma alguma"
"Quando alguém, com quem ele não simpatiza lhe dá oi, ele ignora"
Um dia desses depois de ouvir um destes relatos eu questionei:
"Que mundo é esse que se quer criar onde crianças só precisam ser educadas com quem elas querem e gostam?"
E é essa a pergunta chave deste post...
Ser obrigada a suportar sem se queixar as agressões de um primo, me fez entender desde muito pequena o quanto lidar com esta realidade dentro da família pode ser doloroso e complexo. Me fez aprender a me defender com um pouco de autonomia, sem precisar recorrer aos meus pais a todo momento (quando digo defender não quero dizer revidar). Me fez me colocar no lugar de criança, que era submetida não só a este capricho dos adultos, mas a vários outros, o que hoje me faz conhecer e saber lidar com as opções que a vida me oferece. E a revolta sobre a qual eu refletia, talvez seja um dos pontos que tenham me ensinado a prática mais importante na Psicologia, que é a capacidade de compreender o outro através da Empatia (colocando-se no lugar dele). E o mais básico de tudo, ao que se refere este post, aprendi que Educação não é produto limitado a quem merece, mas que é o verdadeiro cartão de visitas de cada um e o centro de todo tipo de relação, mesmo que esta dure apenas alguns segundos.
Fico tentando transpor esta história da minha infância para os dias de hoje e imagino um grande conflito familiar. Talvez até boletins de ocorrência, quem sabe algum desavisado dissesse até que estávamos sendo vítimas de bullying, ou então que éramos os algozes contra uma criança especial. Quando na verdade tudo o que acontecia era falta de habilidades comportamentais e de relacionamento, por parte de todos.
É lógico que meus pais não gostavam daquela situação, mas se desentender por causa dela também não era o caminho. Do mesmo modo que aprendi a conviver com ela, aprendi que quando a gente ganha um presente devemos abrir, agradecer e demonstrar muita satisfação; que quando alguém (seja essa pessoa quem for) me solicita algo, devo responder com educação; que ser educada com quem eu não gosto não é sinônimo de falsidade; E principalmente, que hoje tenho maturidade para saber e escolher com quem devo conviver e de quem preciso manter alguma distância, mas quando eu era criança eu não tinha como ter este discernimento; aprendi a respeitar as diferenças e limitações de cada um; Aprendi as famosas "coisas que aprendemos na infância" mas que NÃO tenho visto pais ensinarem aos seus filhos.
Como as mães se veem e como seus filhos a veem!!
Esse vídeo é emocionante, mas ele também reflete um pensamento que sobrevoa a maternidade e a paternidade no momento atual.
Não é novidade desta geração crianças terem pais que trabalham, mas são os pais desta geração que se culpabilizam por causa disto, se sentindo ausentes no desenvolvimento dos filhos, e responsáveis demais por fazerem-os felizes. Estes sentimentos juntos acarretam esta FRUSTRAÇÃO que fica visível no vídeo. Filhos amam os pais mais do que tudo, salvo raras exceções será assim para o resto da vida, ainda que este amor seja demonstrado de uma forma diferente em cada fase.
A emoção das mães no momento de assistirem os filhos falando sobre elas revela exatamente este sentimento de maternidade frustrada baseada nestas auto cobranças contemporâneas.
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